Sunday, June 19, 2005

Chalana

Menu do dia: letra de "Chalana". Porque, afinal de contas, eu sou meio caipira, esqueceu?



E este em cima é outro caipira! Almir Sater!
Caipiras kick ass!


Lá vai a chalana
Bem longe se vai
Navegando no remanso
Do rio Paraguai

Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor

E assim ela se foi
Nem de mim se despediu
A chalana vai sumindo
Na curva lá do rio
E se ela vai magoada
Eu bem sei que tem razão
Fui ingrato
Eu feri o seu meigo coração

Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas
Vai levando meu amor
Ah! Chalana sem querer
Tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas...

Friday, June 17, 2005

Só o ôme



- NORIEL VILELA (1968)

Ah mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode ti ajudá
Ah mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode ti ajudá

Suncê compra um garrafa de marafo
Marafo que eu vai dizê o nome
Meia noite suncê na incruziada
Distampa a garrafa e chama o ôme
O galo vai cantá, suncê escuta
Rêia tudo no chão que tá na hora
E se guáda noturno vem chegando
Suncê óia pa ele que ele vai andando

Ah mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode ti ajudá
Ah mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode ti ajudá

Eu estou ensinando isso a suncê
Mas suncê num tem sido muito bão
Tem sido mau fio, mau marido
Inda puxa saco di patrão
Fez candonga di cumpanheiro seu
Ele botou feitiço em suncê
Agora só o ôme à meia noite
É que seu caso pode resolvê

Ah mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode ti ajudá
Ah mô fio do jeito que suncê tá, só o ôme é que pode ti ajudá

Monday, June 06, 2005

Canhoteiro

O Canhoteiro (1932-1974) foi um jogador de futebol nascido na cidade maranhense de Coroatás. Mas ele foi revelado no América do Ceará, e de lá foi jogar no São Paulo, onde ficou conhecido como "Garrincha do Morumbi". Reza a lenda que ele só não foi convocado pra Copa de 58 por causa de seu estilo muy boêmio de vida.



O Fagner e o Zeca Baleiro contam no DVD que estavam a fim de fazer uma música sobre futebol, e aí eles lembraram desse jogador que tem coisas em comum com a vida deles, tipo, Maranhão, Ceará e outras coisas aí. Inclusive o nome de batismo do Canhoteiro era José de Ribamar, igual ao do Zeca Baleiro. Aliásss, uns 80% dos homens nascidos no Maranhão se chamam José de Ribamar...

Composição: Fagner, Zeca Baleiro, Fausto Nilo e Celso Borges

Um anjo torto
Um canhoteiro
Um São José de Ribamar
Um bailarino
Um brasileiro
Um Paraíba
Um Ceará

Um pé de ouro
Um peladeiro
Mata no peito e beija o sol
Balão de couro
Bola de efeito
Mas que perfeito é o futebol

Corre dispara pára ginga e zás
(Corre dispara pára ginga e jazz)
Mais um zagueiro vai pro chão
Esse já era não levanta mais
Outros virão
Finta canhota voa samurai
Lá vai a bola bala de canhão
Seu pé direito é a bomba que distrai
O esquerdo é o coração

Um belo drible
Decide o jogo
No grande baile do futebol
Só um artista
Um canhoteiro
Acende a tarde inventa o sol

Azulejo

por Fagner, Zeca Baleiro e Sérgio Natureza

Qdo eu peguei essa letra num site aí da vida, tava tragicômica! Tinha "casaril" em vez de "casario" e "Goulart" em vez de "Gullar"... nooooossa! Ah! E tinha "velho banho" em vez de "velho banjo".
Pow, no começo eu não fui com a cara dessa música, mas agora eu adoro! :-) O esquema das rimas é interessante e deixa a letra ainda mais... musical...


Era uma bela, era uma tarde, o casario
era um cenário de um poema de Gullar
Tão de repente ela sumiu numa viela
Eu no sobrado vi uma sombra em seu lugar

Cada azulejo da cidade ainda recorda
E cada corda onde tanjo a minha dor
No alaúde da saudade, num velho banjo, num bandolim chorando o fim do nosso amor.

A primavera bem virá depois do inverno
A flora em festa nos trará outro verão
Eu fecho a casa dou adeus ao gelo eterno
Vou -
viver de brisa, arder em brasa no calor do Maranhão...

Cantor de bolero

Que pena que não dá pra pôr aqui as entonações que eles dão pros versos... são muito engraçadas.
Que pena também que na letra não aparece nenhuma vez a palavra "bandida". Música de corno, pra ser perfeita, tem que ter essa palavra, "bandida".

O Zeca Baleiro tem outras músicas zoando a breguice... Tem uma chamada "Seu amado" que fala assim: "Quero ser o seu amado... Batista"

Mas então, vamos à letra. É do Fagner, Zeca Baleiro e Fausto Nilo.


[Zeca Baleiro]
- Boa noite, senhoras. Boa noite, senhores. Temos o prazer inenoxidável de receber hoje aqui o grande, o estonteante Raimundo Fagner!

[Fagner]
- E o extraooordinário Zeca Baleiro!

[Zeca Baleiro]
- Aplausos, por favor!

(aplausos)

Sofrer é da vida querida
Você não me ama, eu lamento
Só quer gasolina e piscina
Só sente tesão pelo vento

Quatro da madrugada
Só eu e meu pensamento
Você fugiu no meu carro
E me deixou sem cigarro
Na janela do apartamento

Como diria o cantor de bolero
Como diria o cantor de bolero
Ninguém pode destruir
O coração de um homem sincero

Não quero mais sonhar com você
Nem repetir o seu nome
Antes mais uma cerveja
Do que matar sua fome

Deixa eu chorar em silêncio
Ouvindo a brisa do mar
Tudo virou maresia
Você é a mulher
A mulher que não soube me amar

[Zeca Baleiro]
- Querida,
de todas as mulheres que amei na vida, você
foi uma delas.

Deeeeus não me faça cínico
O cinismo é a arma dos infelizes
Carregue suas cruzes
Com elas suas crises
Carregue suas cruzes
Com elas suas crises

Por obséquio não deixe
Mais mensagens no meu celular
Já que você não me ama
Para que me provocar

Años

Bom, agora começam as letras das músicas da carreira solo de cada um. Seis letras de cada, pra ser mais específica.
Primeiro, vamos com o Fagner: "Años", "Canteiros", "Traduzir-se", "Último pau-de-arara", "Jura secreta" e "Revelação".

Essa "Años" é um dueto muy bonitão do Fagner com a Mercedes Sosa que tá no álbum Traduzir-se, de 81. Ele tá com uma p*** voz de taquara rachada nessa música.
Mas a canção é linda, anyway.
A letra é do compositor cubano Pablo Milanés.


El tiempo pasa... nos vamos poniendo viejos
El amor no nos reflejo com ayer
En cada conversacion, cada beso cada abrazo
Se impone siempre un pedazo de razón

Passam os anos, e como muda o que eu sinto
O que ontem era amor vai se tornando outro sentimento
Porque anos atrás, tomar tua mão, roubar-te um beijo
Sem forçar o momento fazia parte de uma verdade

Vamos viviendo viendo las horas que van passando
Las veijas discussiones se van perdiendo entre las razones...
A todo dices que si a nada digo que no, para poder construir
Esa tremenda harmonia que pone viejos los corazones

Vamos vivendo vendo as horas que vão passando
As velhas discussões vão se perdendo entre as razões.
A tudo dizes que sim a nada digo que não para poder construir
Esa tremenda harmonia que pone viejos los corazones

El tiempo pasa...

Canteiros

É uma das minhas músicas preferidas de todos os tempos ever. O Fagner fez a partir de um poema da Cecília Meireles chamado "Marcha".
É do primeiro disco dele, Manera fru fru manera, de 73, também conhecido como O último pau-de-arara:



Quando penso em você fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa, menos a felicidade
Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento
Pode ser até manhã, cedo claro feito dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa
Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza.

Que eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza
E deixêmo de coisa, cuidêmo da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço sem ter visto a vida.

Traduzir-se

"Será aaaarte?" O Fagner fez essa música a partir de um poema do maranhense Ferreira Gullar.
Móito massa. Tá no disco homônimo de 81, que tem também "Fanatismo" e "Años":



Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguem, fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira

Uma parte de mim
Almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte linguagem

Traduzir uma parte na outra parte
Que é uma questão de vida e morte
Será arte?
Será arte?
Será arte?

Último pau-de-arara

(Venâncio/ Corumba/ J. Guimarães)

"Só dÊÊÊxo meu Cariri/ No último pau-de-arara..."
É legal qdo eles misturam essa com "Babylon". E fica invocado, pq em "Babylon" o cara fala que quer ir embora, é bem "vou-me embora pra Pasárgada"; enquanto o cara (td bem, "o eu-lírico") de "Último pau-de-arara" diz que não sai de seu canto de jeito nenhum.


A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de porção
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara

Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara

Jura secreta

(Sueli Costa/ Abel Silva)

Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que eu não causei

Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
Do que por não saber ainda não quis

Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri

Revelação

(Clodo/ Clésio)
[Só uma pergunta... QUEM SER "Clodo/ Clésio"?? Parece dupla sertaneja.]

Essa música tem que ser cantada com a pronúncia correta! Não é "re" e sim "rÉ"!
Tá no disco Eu canto, que também tem "Jura secreta" e "Motivo", entre outras bem legais:




Um dia vestido de saudade viva
Faz ressuscitar

Casas mal vividas, camas repartidas
Faz se revelar

Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar
Sentimento ilhado, morto, amordaçado
Volta a incomodar

Quando a gente tenta de toda maneira dele se guardar
Sentimento ilhado, morto, amordaçado
Volta a incomodar
Volta a incomodar
Volta a incomodar

Balada para Giorgio Armani

Agora começa a série do Baleiro: "Balada para Giorgio Armani", "Stephen Fry", "Meu amor, meu bem, me ame", "Drumembêis", "Se você me ama" e "Disritmia."

Bom, a primeira letra do Baleiro que eu li foi esta de "Balada para Giorgio Armani", quando eu era 1o ano, portanto eu tinha uns 14/ 15 anos. Na época ele tava lançando Líricas, então saiu uma matéria no jornal que tinha uma entrevista com ele e a letra de "Giorgio Armani". Eu achei muito massa, recortei a letra e guardei durante móito tempo! Só fui jogar a dita cuja fora este ano, eu acho.
Hoje em dia, eu já nem curto muito essa, mas vou colocá-la aqui no blog por seu valor... "histórico".


Giorgio
eu tive um sonho risonho e terno
sonhei que eu era um anjo elegante no inferno
Giorgio
eu sinto medo na longa estrada
o medo é a moda desta triste temporada
Giorgio
tá tudo assim nem sei tá tão estranho
a cor dessa estação é cinza como o céu de estanho
Giorgio
tá tudo assim nem sei tá tão estranho
a cor dessa estação é cinza como o céu de estanho

quando um dia enfim findar
este outono eterno
quero que você me aqueça
com a sua coleção de inverno

Giorgio
pobre de quem não tem
será que eu estou bem
na capa da revista

Stephen Fry

Essa tá no Por onde andará Stephen Fry?, álbum no qual eu fui viciada durante o 2o ano - ou 3o ano?? Sei lá, o que eu sei é que eu escutava tanto-tanto-tanto esse CD, que o meu irmão cunhou a famosa frase:
"- Gabi, Zeca Baleiro é a sua ruína."

Porque eu realmente não fazia mais nada da vida. Minhas notas eram baixíssimas hahahahha

Por onde andará Stephen Fry
Por onde andará ... Stephen
Ninguém sabe do seu paradeiro
Ninguém sabe para onde ele foi
prá onde ele vai
Stephen may be felling all alone
Stephen never do this again
come back home
Se correr o bicho pega Stephen
Se ficar o bicho come


Bom, aqui vai um trecho de uma entrevista que o Zeca Baleiro fez com o Stephen Fry (ator inglês, o cara das fotos abaixo) em 1997.






Zeca - Gostaria que você se sentisse à vontade para me dizer o que achou da canção "Stephen Fry" em especial, e do próprio disco?

Stephen - Bem, isso é o que causa o sentimento que eu mencionei, como um prazer. Eu acho "Stephen Fry" uma música absolutamente maravilhosa. Eu realmente amo essa música. Eu vejo eu mesmo andando, murmurando e cantando a música para mim mesmo. Você tem uma voz realmente atraente e generosa, e não há nenhuma dúvida de que o meu nome combina perfeitamete com o tom da música. Se eu tivesse me chamado Oliver Flutterwick ou algo parecido, certamente teria sido muito difícil de fazer a música, não seria? Quanto ao CD em geral, eu realmente o admiro muito. Eu não havia escutado nenhum trabalho seu antes. Eu gosto muito das variações de ritmos e estilos. Meus parabéns.

Zeca - Você faz o papel de Oscar Wilde nesse seu mais recente trabalho no cinema. O que mais te atraiu no personagem?

Stephen - Eu acho que foi a oportunidade de enfocar o registro diretamente sobre ele, que foi um homem de grande bondade, suavidade de natureza, generosidade, dignidade e coragem.

Zeca - Soube que você concluiu um livro recentemente. Do que se trata este trabalho?

Stephen - É uma autobiografia da minha infância, da idade dos 7 aos 17 anos. Eu tive uma infância realmente muito conturbada, expulso de várias escolas e acabando, por um breve período, na prisão. O livro cobre esse período.

Zeca - Bem, Stephen, agora é a sua vez. Você gostaria de me perguntar algo?

Stephen Fry - Sim. Você é de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, ou de alguma outra parte do Brasil? E quantos anos você tem?

Zeca - Eu nasci em São Luís, capital do Maranhão, estado do Nordeste brasileiro. A região do Nordeste é para o Brasil mais ou menos o que é a Irlanda para os ingleses. Mas eu moro há sete anos em São Paulo. Tenho 31 anos, mas pareço ter apenas 29.

Stephen - Você recebeu algum tipo de treino musical ou é apenas o seu talento natural? Você está ligado a algum determinado tipo de estilo musical que tenha algum nome ou origem específica?

Zeca - Não, sou completamente intuitivo. Minha formação musical passa pela cultura popular, pelos ritos religiosos e pelo rádio, onde ouvi Bob Dylan, Rolling Stones, Elton John, Bee Gees e muita, muita música brasileira.


Eu já assisti Wilde e é MÓITO legal!


Jude Law e Stephen Fry em Wilde


Stephen Fry como Oscar Wilde

Meu amor, meu bem, me ame

Esse refrão é politicamente incorretíssimo e deveria ser censurado.

meu amor meu bem me ame não vá pra miami
meu amor meu bem me queira
tô solto na buraqueira tô num buraco
fraco como galinha d’angola
meu amor meu amor manda não vá pra luanda
não vá pra aruba
se eu descer você suba aqui no meu pescoço
faça dele o seu almoço
roa o osso e deixe a carne

meu amor meu bem repare no meu cabelo
no meu terno engomado no meu sapato
eu sou um dragão de pêlo eu cuspo fogo
não me esconda o jogo ou berro no ato
meu amor meu bem me leve de ultraleve de avião de caminhão de zepelim

meu amor meu bem sacie mate
minha fome de vampiro senão eu piro
viro hare-krishna hare hare hare
não me desampare ou eu desespero
meu amor meu bem me espere até que o motor pare
até que marte nos separe

meu amor ele é demais nunca de menos
ele não precisa de camisa-de-vênus
ouça o que eu vou dizer meu bem me ouça
o que ele precisa é de uma camisa-de-força

você é a minha cura se é que alguém tem cura
você quer que eu cometa uma loucura?
se você me quer, cometa

Drumembêis

Em homenagem ao meu irmão, que curte essa. huehuehue "Lasca!!!!"

Tá no disco Pet shop Mundo Cão:



Na boa, se eu fosse abrir uma pet shop, com certeza ela iria se chamar Mundo Cão, mas pra título de CD eu acho meio... ahn.


é drumembêis drumembêis drumembêis
todo mundo tá entrando na onda do
drumembêis
Lasca!

é drumembêis drumembêis drumembêis
todo mundo apavorando na levada
drumembêis

até Maricota desviou a sua rota
desligou sua toyota
e caiu no drumembêis
sá Josefina Serafina e Orelina
todo mundo arrepiou
e se lascou no drumembêis
e eu também vou me lascar
vou me espalhar no drumembêis

fiz uns biscate
e comprei uma picape
embolada é quase rap
rap é quase drumembêis
Tonho de Zefa endoidou
tomou um êxtase
e ficou metido a besta
se ferrou foi pro xadrez

em Juazeiro Salgueiro e Petrolina
a noite é uma menina
Londrina num drumembêis
tá todo mundo com medo do fim do mundo
mas pior que o fim do mundo
para mim é o fim do mês

tá todo mundo querendo rir para o mundo
fingindo falar umbundo para impressionar inglês
fui numa rave nos confins de Arapiraca
enfiei o pé na jaca cantei folia de reis

- senhora dona da casa
vim cantar mais uma vez
deus lhe dê felicidade paz amor e ...

drumembêis drumembêis drumembêis
todo mundo tá entrando na onda do
drumembêis

Se você me ama

Essa tinha tudo pra ser idiota, mas ficou... ó-ti-ma. "sara essa coceira", "belisca o meu lombo" etc.

Se você me ama
Mama no meu peito
Corta minha unha
Lava meu cabelo
Cura essa ferida
Sara essa coceira
Planta bananeira
Se você me ama
Tempera meu rango
Com tango e bolero
Veste amarelo
Raspa a sobrancelha
O que der na telha se você me a.....ma

Se você me adora
Como diz que adora
Calça meu sapato
Come no meu prato
Me leva pra rua
Me leva pra lua
Me leva embora
Se você me adora
Tira meu sossego
Persegue meu fado
Canta um reisado
Pula do telhado
O que der na telha se você me ado.....ra

Se você me ama
Toca a campainha
Acorda o edifício
Põe fogo no hospício
Sobe a prateleira
Grita, dá bandeira
Passa um telegrama
Se você me ama
Usa a minha blusa
Abusa do meu ar blasé
Rouba o caminhão
Me põe na boléia
O que der na idéia se você me a.....ma

Se você me adora
Faz doce no tacho
Acha minha sombra
Entre os escombros
Tira meu retrato
Bebe o meu sangue
Me afoga no mangue
Se você me adora
Morde minha isca
Belisca meu lombo
Toca um blues rasgado
Rasga a odisséia
O que der na idéia se você me adora
O que der na telha se você me ama
O que der na telha se você me adora
O que der na telha se você me a.....ma
Me ado.....ra, me a.....ma

Disritmia

Essa não é composição do Baleiro e sim uma das antigas do Martinho da Vila. É bem lenta e é uma delícia de cantar... "vem logo, vem curar teu nego,/ que chegou de porre/ lá da boemia/ vem logo, vem curar/ vem curar teu nego que chegou/ que chegou de porre lá da bo-/ lá da boemia"
Tá no Vô imbolá:



Eu quero me esconder debaixo
dessa sua saia, pra fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar
no emaranhado, desses seus cabelos
Preciso transfundir teu sange
pro meu coração, que é tão vagabundo
Me deixe te trazer num dengo
Pra num cafuné fazer os meus apelos
me deixe te trazer num dengo
Pra num cafuné fazer os meus apelos
Eu quero ser exorcizado
pela água benta, desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
mas pelas retinas dos seus olhos lindos
Me deixe hipnotizado
pra acabar de vez com essa disritmia

Vem logo, vem curar teu nego
que chegou de porre lá da boemia
Vem logo, vem curar
vem curar teu nego que chegou
que chegou de porre lá da bo...
Lá da Boemia

Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Me deixe hipnotizado!!!
pra acabar de vez!!!


Tcharans... Encerra-se aqui - "com chave de ouro" - a série Fagner + Baleiro.
Tchau!

Friday, June 03, 2005

Gabriela



É mais ou menos um dueto do Tom Jobim com a Gal Costa.


Composição: Antonio Carlos Jobim

Vim do norte vim de longe
De um lugar que já nem há
Vim dormindo pela estrada
Vim parar neste lugar

Meu cheiro é de cravo
Minha cor de canela
A minha bandeira
É verde e amarela
Pimenta de cheiro
Cebola em rodela
Um beijo na boca
Feijão na panela
Gabriela
Sempre Gabriela

Passei um café inda escuro
E logo me pus a caminho
Eu quero rever Gabriela
De novo provar seu cheirinho
Manhã bem cedinho na mata
O sol derramou seu carinho
Um brilho na folha da jaca
Pensei em rever meu benzinho
Gabriela

Se ainda sobrasse um dinheiro
Podia comprar-te um vestido
E mais um vidrinho de cheiro
Contar-te um segredo no ouvido
Te trouxe um anel verdadeiro
Sonhei que era teu preferido
Pensei, repensei tanta coisa
Ah, me deixa ser teu marido
Pensei, repensei tanta coisa
Queria casar-me contigo
Gabriela
Gabriela

Todos os dias esta saudade
Felicidade cadê você
Já não consigo viver sem ela
Eu vim à cidade pra ver Gabriela

Tenho pensado muito na vida
Volta, bandida, mata essa dor
Volta pra casa, fica comigo
Eu te perdoo com raiva e amor

Chega mais perto, moço bonito
Chega mais perto meu raio de sol
A minha casa é um escuro deserto
Mas com você ela é cheia de sol
Molha a tua boca na minha boca
A tua boca é meu doce é meu sal
Mas quem sou eu nesta vida tão louca?
Mais um palhaço no teu carnaval

Casa de sombra vida de monge
Quanta cachaça na minha dor
Volta pra casa, fica comigo
Vem que eu te espero tremendo de amor

Em noite sem lua, pulei a cancela
Caí do cavalo, perdi Gabriela
Oh lua de cera, oh lua singela
Lua feiticeira cadê Gabriela?

Ontem vim de lá do Pilar
Inda ontem vim lá do Pilar
Já tô com vontade de ir por aí
Ontem vim de lá Inda ontem vim de lá
Já tô com vontade de ir por aí
E na corda da viola todo mundo sambar
E na corda da viola todo mundo sambar
Todo mundo sambar
Todo mundo sambar quebra pedra....

Thursday, June 02, 2005

When love goes wrong

Mais uma de Os homens preferem as loiras. Essa eu acho que elas cantam quando tão indo embora de Paris:



When love goes wrong
Nothing goes right
This one thing I know
When love goes wrong
A man takes flight
And women get uppity-oh

The sun don't beam
The moon don't shine
The tide don't ebb and flow
A clock won't strike
A match won't light
When love goes wrong
Nothing goes right

The blues all gather round you
And day is dark as night
A man ain't fit to live with
And a woman's sorry sight

When love goes wrong
Nothing goes right
When love goes wrong
Nothing goes right
When love goes wrong
Nothing goes, nothing goes right

A woman's a fright, a terrible sight
A man goes out, gets high as a kite
Love is something you just can't fight
You can't fight it, honey
You can't fight it
When love goes wrong, nothin'
No bows, honey, just cigat bars and off
Nothing goes right
Crazy, Crazy oui, oui

lt's like we said
You're better off dead
When love has lost its glow
So take this down in black and white
When love goes wrong nothing goes right
When love goes wrong nothing goes right
Nothing goes right

Raindrops keep fallin' on my head

Musiquinha fofinha sobre a chuva... Adoro músicas sobre a chuva, às vezes fico viajando, listando mentalmente as músicas sobre chuva.
Essa letra do Hal David é meio de auto-ajuda! O verso mais legal: "Cryin's not for me/ 'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'"
Quem canta é um tal de B.J. Thomas.

Lyrics by - Hal David
Music by - Burt Bacharach
From - Butch Cassidy and the Sundance Kid (Soundtrack)


Raindrops keep fallin' on my head
And just like the guy whose feet are too big for his bed
Nothin' seems to fit
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

So I just did me some talkin' to the sun
And I said I didn't like the way he got things done
Sleepin' on the job
Those raindrops are fallin' on my head, they keep fallin'

But there's one thing I know
The blues they send to meet me won't defeat me
It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me

It won't be long till happiness steps up to greet me

Raindrops keep fallin' on my head
But that doesn't mean my eyes will soon be turnin' red
Cryin's not for me
'Cause I'm never gonna stop the rain by complainin'
Because I'm free
Nothin's worryin' me